Bjönd.
você piscava
como um peixe sem isca
na ânsia de quem belisca
sem querer machucar

você sorria, de flores
em seu corpo de infinitos e desorganizados bordados
ah, larissa, seja a única
a ter em si meus pecados

tudo bem se doer?
porque vai machucar
mas quem sabe você ache no pus
um sol, uma neblina e um lar

tenho ferina nas pernas
tenho ânsias eternas
tenho medos, vômitos e dobras
mas não tenho a quem amar, ah, larissa!

minha querida pequena,
desejo que você se ache nesses versos
que exista neles seus desejos imersos
eu não sou Caio Fernando Abreu...

mas desejo
que seja doce
que seja podre mas que você queira continuar
que seja perpétuo enquanto durar
será, loira, que posso dormir aqui?

porque enquanto o despertador não toca
eu tenho você
mesmo que só enquanto eu dormir
mesmo que com rimas feias de um Poema torto
mesmo que por um instante quando você reler minhas confissões cheias de café, açúcar e carinho...
açúcar sem café, tronco sem folhas...

bjönd
acredita em mim hoje
creia nesse poema
nele, só nele!
porque o resto vai embora
como eu fui, minha loira