Da beleza que eu tentei em vão te mostrar
não me dê seu silêncio
porque machuca a mim
o jeito com que eu
fujo do medo seu
medo [meu], medo assim
meu medo que eu não venço
não me dê sua camisa
porque ficaria enorme
em mim, sou muito pequena
mas grande pra fazer cena
de dor, ou cena de fome
(pois amigo é quem avisa)
hoje na rua, alguém chamou
a mim procurando você
alguém achou que você era
eu. e nós dois na mesma esfera
faríamos um estrago de
doer. por isso alguém achou
bem no meio da rua de flores...
alguém pediu-me meus telefones
só que foi pra ligar pro seu número
e eu num momento um pouco efêmero
por raiva chutei um desses cones
pra castigar alguém pelas dores
que ganhei. não estou dizendo pra
você voltar. minuciosamente peço,
apenas, peço pra você tecer
nossa história sempre que você ver,
em um esses dias comuns que meço,
uma noiva subir grata ao altar
e digo, não é por medo, dessa vez
eu te juro que é mais por nostalgia
(e dizem que quem avisa amigo é...)
só quero te ver pulando num só pé
sem equilíbrio por alguém, qualquer dia
uma que possa te fazer feliz, talvez
sem inveja ou ciúmes
eu, com esforço, não pude,
mas espero que alguém complete
que ela encha de alegria seu set
que, por ela, cê perca o norte, mude
e, por favor, mostre a ela a beleza dos cumes.