Da primeira letra do (meu) alfabeto
A sua voz recheada por farpas:
A mais macia toca de coelho.
Você ao som de violinos ou harpas
E frases que torciam o joelho.
Sem cair, é óbvio. Não cairiam
Não, ah, não, nunca com você por perto.
E as vozes nunca responderiam:
Isto é certo? É certo? Isto é certo?

Você cantou durante a noite fria
A música que eu tirei no violão
E eu coloquei minha saudade em dia
Porém não deixei que caísse, não
E minhas rimas que são tão, tão pobres
Desfaleciam-se dentro da pele
Com veias, artérias e órgãos nobres
Mas sem você, como eu sem a L.

Você cantou, ah sim, com a voz bela.
E eu consegui esquecer, num instante
Que não era para mim, e sim pra ela.
Porém depois, veio a dor, petulante.