Soneto para a Alma. 
me perdi num campo
onde não haviam margaridas
havia uma árvore 
somente uma, alta, bonita e incurável

incurável era, decerto. mas trazia frutos
frutos das coisas que me ensinava
que a fome não era certa se havia o que comer
e que o branco não era eterno, seja como for

foi assim, então, que montei uma casa
na árvore.
longe de todo o mal do mundo

e lá em cima, era abrigo
mesmo que as flores murchassem
ela me levou pro campo de centeio.