Soneto de Monguaguá 
Vem, vem e vai no inconstante azul imenso
Que, na verdade, na palma da mão não tem cor
Vem e vai com aquele gosto salgado e intenso
Com aquelas meninas, biquínis e pudor

Tem sal, sol, sorvete, guloseima e raspadinha
Palavras carinhosas com origem materna
O som das ondas fortes e a graça feia minha
Pra explorar o mar e sua bagunça interna

Tem castelo surgindo imponente da areia
Mesclando terra seca e molhada
Em dias chuvosos há banana com aveia
E tem também beijo de mãe e uma estória contada

Ah, se me dá uma devastadora saudade!
do pastel e litoral dessa minha cidade...